04/09/2010

Multilinguismo e multiculturalismo




Feira do Livro, dia 03 de setembro de 2010
Na Programação da feira do dia 03, organizado pela Universidade do Estado do Pará-UEPA, teve-se um acalorado debate sobre a língua portuguesa na África – Multilinguismo e multiculturalismo, na Conferência de Encerramento, mediada pela Profª Sueli Pinheiro

Foi discutido a colonização portuguesa no Brasil e o estabelecimento de uma língua geral. Em uma situação de inferioridade, a professora Denize Simões, relatou que nos séculos de colonização portuguesa no Brasil, a língua indígena e os indígenas foram vistos como indolentes, inferiores, beligerantes. No século XVIII, com o Marques de Pombal, se institucionalizou a obrigatoriedade da Língua Portuguesa. Com isso, centenas de línguas, inclusive a geral foram proibidas. Junto a isso, acrescido a isso, tem-se que a maioria da população era analfabeta. Essa imposição representou o discurso legitimador da nação, quando a classe burguesa se estabelece no poder.
A Profª Maria do Socorro Cardoso afirmou, levando em consideração a reflexão da profª Denize Simões, que precisamos construir pesquisas da matriz linguística africana, que considere a diversidade linguística existente no Brasil, porque o que de fato falamos: é a brasileira, com marcas profundas não só do léxico como também da semântica e da fonética dos africanos vindo ao Brasil. Então, a nossa língua é a soma de todas as outras que a constituíram conjuntamente na formação cultural dos brasileiros; por isso, a significação é profunda quando concebemos como língua oficial a Língua Portuguesa e declara-se oficialmente um país monolíngue, indicando a forte influencia política lusitana.
Rita e Anchieta Bentes

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