27/11/2010

Um dia nos anos oitenta

Manhã, cedo
abrem-se janelas de sol
feixes de luz pelas frestas
na garganta da casa

Meio dia
de cada panela um cheiro
cada cheiro, um sabor
onde o dissabor?


Noite
constante a serra
pesada hora
o ritmo se fazendo coisa
ecoando pelos vãos dos longos quintais

ritmo do trabalho Sabará
mãos na massa marceneiro
nesta manhã que agora passa
neste trabalho sorrateiro

dona das horas dona Maria
viver já é graça
cada filho que nascia comadre
nova ressurreição da mãe

por isso, dizia a nega Julia Antonia
é preciso
re-inventar os campos de espera
pois sem memória caro Buñuel
não existe amor


Sandoval Nonato Gomes-Santos
(manhã de sábado de primavera, final de Novembro em São Paulo, 2010).

25/11/2010

Mesa-redonda do Interletras 2010 (II)

Vozes diferenciadoras da relação teoria-prática na formação do professor de Língua Portuguesa da UEPA
Profa. Ms. Suzanny Pinto Silva
Professora de Língua Portuguesa da UEPA e SEDUC.
Mestra em Educação pela UEPA
Resumo

A formação de professores de Língua Portuguesa no contexto da interiorização da Universidade do Estado do Pará (UEPA) tem se revelado um profícuo espaço de pesquisas, pois se destaca como espaço de democratização e expansão do ensino superior no contexto amazônico. Neste sentido através das vozes de professores e alunos do Curso de Letras do município de Vigia de Nazaré analisamos suas trajetórias, desafios, visões e práticas a respeito da unidade teoria-prática. Isso nos garante a construção de uma identidade para a formação, haja vista a compreensão das vozes silenciadas e ausentes nos discursos diferenciadores de vivencias e experiências daqueles que constroem a formação de professores de Língua Portuguesa.

Palavras-chave: Formação docente. Teoria-Prática. Licenciatura em Letras

Mesa-redonda do Interletras 2010

Educação especial e inclusiva: representações de professores sobre suas práticas no ensino de Língua Portuguesa
José Anchieta de Oliveira Bentes - UEPA - Pará

Pretendo nesta mesa discutir os princípios de uma educação inclusiva, verificando os papéis que o professor de Língua Portuguesa passa a exercer a partir desses princípios. No caso, destaco o apoio que deve ocorrer de um profissional da educação especial, na forma de um professor colaborador, no caso de deficiências múltiplas, surdocegueira ou deficiência intelectual, ou o apoio de intérpretes de língua de sinais, no caso de alunos surdos frequentarem a sala de aula, além da necessidade do professor ser bilíngue. Em todo o caso, com a inclusão os professores de Língua Portuguesa e das demais disciplinas precisam estar preparados para atuar com todas as deficiências. Após a discussão dos princípios, apresento algumas representações de professores de dirigentes sobre como a inclusão e sobre o que devem trabalhar em sala de aula. As representações ainda fazem classificações normativas dos alunos a partir da dicotomização entre exclusão e inclusão, menosprezando as pessoas em função das características que apresentam; uma segunda representação é que a inclusão se resume ao direito das pessoas deficientes de frequentar a escola regular e uma terceira é que o ensino dos alunos deficientes deve partir de unidades mínimas da língua, a letra, a sílaba. A seguir, apresento constatações sobre a fala, a escrita, a visão e a leitura de cinco alunos, propondo a perspectiva de trabalhar com o multiletramento para ultrapassar as representações apresentadas pelos professores pesquisados.

Palavras-chave: Educação inclusiva. Representações sociais de professores. Multiletramento.

24/11/2010

Programação INTERLETRAS UEPA

Dia 25 de Novembro de 2010
Manhã
8h às 10h – Mesa: Linguística
Prof° José Anchieta Bentes (UEPA) “Educação especial e inclusiva: representações de professores sobre suas práticas no ensino de Língua Portuguesa”.
Profª Suzanny Pinto (UEPA) “Vozes diferenciadoras da relação teoria-prática na formação do professor de Língua Portuguesa da UEPA”
Coordenação: Profª Sueli Pinheiro (UEPA)

20/11/2010

Estudo do livro “Para uma filosofia do ato responsável"

- Todos os atos responsáveis se concretizam em um ato estético.
- Os atos nos fazem singulares.
- Os atos nos constituem como centros emotivos-volitivos.
- Nossos atos são éticos.
- A ética e a estética não são estáticas.
- Ética e estética são universos diferentes, uma não penetra na outra, mas estão em jogo na arquitetônica do existir.
- Devemos responder por nossos atos.
- A verdade é válida em si mesmo, no existir. A verdade só vai ter validez, se servir para o existir.
- A estética é a percepção do mundo, não apenas a percepção ou recriação literária da realidade.
- A Objetivação: minha percepção individual, minha empáta para com algo. Identificar com o outro, com algo fora de mim.

Reunião 20/11/2010 do GELPEA

Resultados da discussão de hoje, dia 20/11/2010, às 16 horas, na UEPA, do GELPEA.

Participantes: Sueli, Rita B, Rita L., Suzanny, Simone, Bernadete, Paty e Anchieta.
Primeira reunião após a institucionalização no diretório de grupos de pesquisa da CAPES.
Primeiro ponto: Discussão sobre a fusão entre o GELPEA e o Grupo Letramento, Estudos linguísticos, Ensino e Formação de Professores de Língua Portuguesa. Decidimos ouvir a opinião de todos os integrantes do grupo, para poder nos posicionarmos sobre a questão.
Podemos:
1) Manter os dois grupos distintos, promovendo ações conjuntas. Ou,
2) Promover a fusão dos dois grupos. Há a sugestão do Prof. Samuel de incluir o termo Letramento, como uma das condições para ocorrer a fusão.
Caso a posição seja a (2) seja aceita, podemos a) alterar o nome do grupo para GRUPO DE ESTUDOS DE LETRAMENTO E PRÁTICAS EDUCACIONAIS DA AMAZÔNIA (GELPEA);
b) alterar para GRUPO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS, LETRAMENTO E PRÁTICAS EDUCACIONAIS DA AMAZÔNIA (GELPEA); ou
c) alterar para GRUPO DE ESTUDOS DE LINGUAGEM E PRÁTICAS EDUCACIONAIS DA AMAZÔNIA.
Segundo ponto:
II) Mesa redonda no interletras Mesa: “Docência: da formação inicial as práticas de sala de aula” - integrantes: Rita, Isabel, Suzanny.
Dia 25/11/2010. De 8 às 10 h.
Suzanny: “Vozes diferenciadoras da relação teoria-prática na formação do professor de Língua Portuguesa da UEPA”
Isabel:
Anchieta: Educação especial e inclusiva: representações de professores sobre suas práticas no ensino de Língua Portuguesa.
Terceiro ponto:
Fazer novo folder para o evento Interletras.
Conteúdo: linhas de pesquisa. Componentes, quem somos, objetivos.
Quantidade: 130. Valor 12,00
Incluir os nomes no folder:
Esp. Maria Bernadeth Lima – Prof. Da E.M.E.F. Laercio Wilson Barbalho e da E.E.E.F. Gregório de Almeida Brito
Esp. Simone de Nazaré Viana Lima – Professora da UEESP Astério de Campos
Me. Suzanny Pinto Silva – Professora da UEPA e da E.E.E.F. Albertina Leitão.
Quarto ponto:
Incluir orientandos no grupo de pesquisa. Encaminhar para o Anchieta cadastrar.
Quinto ponto:
Artigos para o livro organizado pelo Sandoval. Datas: prazo - primeira quinzena de 2011. Edição em fevereiro.
Sexto ponto:
Próximo encontro: quarta-feira 08/12/2010 - pela manhã - 9 horas – casa da Rita Bentes. Nesse dia almoçaremos juntos.
Pauta: Discussão sobre a fusão dos grupos
Avaliação da participação no Interletras
Discussão dos artigos para o livro.
Estudo - Para uma filosofia (p. 64 a 74).

15/11/2010

O que é o GELPEA?

Mikhail Bakntin (1895 - 1975)


A língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema lingüístico abstrato das forma da língua nem no psiquismo individual dos falantes. (BAKHTIN, Marxismo e filosofia da linguagem, p. 124).
GELPEA é um grupo que pretende ser transdisciplinar. Pretende atuar em uma interseção dos campos da literatura, do cinema, da antropologia, da lingüística, dos estudos sobre negritude, feminismo, classe, deficiência. Teria uma abrangência de interesses, pressupostos e conflitos com trânsito por campos tão diferentes, em torno de um conceito igualmente abrangente de cultura e linguagem.

14/11/2010

Convite para reunião do GELPEA

CONVITE

Convidamos a todos, integrantes e interessados, para a próxima reunião do GELPEA.
Pauta:
1) Leitura e estudo do livro “Para uma filosofia do ato responsável” de M. Bakhtin. p. 53 a 64.
2) Informes e encaminhamentos da institucionalização do GELPEA


Dia: 20 de novembro de 2010 - Sábado
Horário: 15 horas.
Local: Universidade do Estado do Pará - Rua do UNA - Telégrafo - sala 02- bloco II.
GRUPO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E PRÁTICAS EDUCACIONAIS DA AMAZÔNIA

11/11/2010

O GELPEA já está institucionalizado

Retirado do site do CNPQ:
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=19298024ELVPY6
Nome do grupo: Grupo de Estudos Linguísticos e Práticas Educacionais da Amazônia
Status do grupo: certificado pela instituição
Ano de formação: 2010
Data da última atualização: 10/11/2010 22:06
Líder(es) do grupo:
José Anchieta de Oliveira Bentes
Patrícia Sousa Almeida
Área predominante: Lingüística, Letras e Artes; Letras
Instituição: Universidade do Estado do Pará - UEPA
Órgão: Departamento de Língua e Literatura
Endereço Logradouro: Rua do Una, nº 156
Bairro: Telégrafo CEP: 66113200
Cidade: Belem
UF: PA
Telefone: 40099525
Fax:
Home page: http://gelpea.blogspot.com/
Repercussões dos trabalhos do grupo
O Grupo de Estudos Linguísticos e Práticas Educacionais da Amazônia (GELPEA) reúne professores pesquisadores de instituições públicas e privadas em torno de duas linhas de pesquisas: a) Linguagem, letramento, gêneros discursivos e atividade docente na Amazônia e b) Práticas educacionais e sociais inclusivas na Amazônia. As pesquisas nessas duas linhas intencionam a participação dos interessados em todo o processo dos setores no sentido de propor, formar pesquisadores e divulgar os resultados a partir da busca de alternativas para minimizar problemáticas locais. Nesta perspectiva, os modos de gerar dados de pesquisa convocam pesquisas etnográficas e transdisciplinares. Os trabalhos produzidos pelo grupo são divulgados em cursos, palestras e comunicações. Buscam abranger públicos diversos, diretamente interessados nas resoluções dos problemas de pesquisa, dos diferentes níveis de ensino.
Recursos humanos
Pesquisadores
Total: 7
José Anchieta de Oliveira Bentes
Rita de Cássia Macedo Leal
Débora Cristina do Nascimento Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Dias Pastana
Rita de Nazareth Souza Bentes
Maria Helena Rodrigues Chaves
Sueli Pinheiro da Silva
Patrícia Sousa Almeida
Isabel Cristina França dos Santos Rodrigues
Jane Miranda Alves
Maria da Conceição Azevedo
Estudantes
Total: 0
Técnicos
Total: 0
Linhas de pesquisa
Total: 2
Linguagem, letramento, gêneros discursivos e atividade docente na Amazônia
Práticas educacionais e sociais inclusivas na Amazônia
Relações com o setor produtivo
Total: 0
Indicadores de recursos humanos do grupo
Integrantes do grupo
Total Pesquisador(es) 7

10/11/2010

Mestrado em Linguagens e Saberes da Amazônia em Bragança

A CAPES aprovou na sua 122ª Reunião o Mestrado para o Campus da UFPA Bragança - Pará.
Área de Avaliação: LETRAS/LINGUÍSTICA
Nome Programa: LINGUAGENS E SABERES NA AMAZÔNIA
Nível: ME
Nota: 3
Sigla: UFPA
Nome da IES: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

01/11/2010

Comentários no Blog

A internauta Graciete fez comentários no Blog, no dia  18 de outubro de 2010. Os comentários são sobre os textos que foram apresentados no I SELLI, no Campus da UFPA de Castanhal.
Vamos rever? 
Graciete disse...
O gênero carta de leitor se mostrou eficiente nesse assunto, principalmente, uma vez que um dos principais erros do aluno é deixar-se levar por sua opinião durante uma dissertação, tipo de texto onde uma das principais características é evitar usar a primeira pessoa do plural. Ótimo modo de utilizar o interacionismo sociodiscursivo numa produção textual.
Que estudo interessante o sobre adolescentes e jovens com deficiência múltipla! É triste como hoje, no século XXI, a psicopedagogia ainda tem dificuldade para entender a didática ideal para esses jovens especiais, muitas vezes dando preferência às crianças especiais. Se estudos como esse, que mostra como é simples ter uma boa interação escolar com esses alunos, fossem divulgados, muitos dos problemas em relação a eles seriam superados.
É essencial sabermos, como membros do corpo docente, que os métodos didáticos evoluem juntamente com os alunos e a sociedade. Para saber que evoluções são essas, nada melhor que estudar vários relatórios de diferentes perspectivas para finalmente entender as mudanças no habitus e nos objetos de ensino.
Para a aprendizagem da língua materna, um pouco de gramática decorativa não basta, ou continuaremos formando analfabetos funcionais. O essencial é o estudo de diversos gêneros textuais. Sabemos que a fusão entre concepções de sequência didática e de avaliação formativa contribuem para a plena aprendizagem da língua materna também.
Esse último tópico foi muito interessante também ao mostrar o modo que os docentes ensinam diversos elementos diferentes, valorizando saberes mobilizados e seguindo sequências didáticas, para assim obter uma melhor interação.

Fotos da reunião do dia 30/10/2010

Sobre a nossa última reuião, ocorrida na casa da Socorro, estudamos e a discussão foi bem interessante. Continuamos a leitura do texto Para uma filosofia do... e combinamos que todos deverão ler da página 53 à 64, mantendo a mesma estratégia de leitura e grupo, mas tendo uma leitura prévia para tentarmos ter um entendimento maior do conteúdo e fomentar nossas discussões.

No momento dos informes, dentre algumas coisas, falamos a respeito dos eventos previstos de ocorrerem ainda neste dois últimos meses de 2010 e de como será a participação do gruponos mesmos.