A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS CAPACIDADES DOS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: COMO REVERTER PADRÕES DE NORMALIDADES?
José Anchieta de Oliveira Bentes (UEPA)
RESUMO
Nesta comunicação, pretende-se desenvolver teorizações acerca de questões referentes ao trabalho docente frente à nova política de inclusão das pessoas deficientes nas escolas regulares de ensino. Admite-se aqui que a educação inclusiva é uma política institucionalizada no Brasil e em vários países ocidentais, que dentre as principais alterações propõe que o acesso à educação deve ser para todos; que deve ocorrer alguma especificidade curricular para atender os alunos com necessidades especiais; que deve ser destacada a avaliação desses indivíduos; que regulamenta a comunicação de surdos e de cegos; e que institucionalizado as salas de recursos multifuncionais. Algumas outras alterações podem ser deduzidas desta política: a relação professor-aluno deve ser baseada em uma cooperação; os agrupamentos de alunos devem ser heterogêneos, justamente para atender ritmos diferenciados de aprendizagem; o número de alunos por turmas deve ser reduzindo quando for incluído um aluno com deficiência acentuada. Deve-se buscar um novo ensino: ativo, criativo, não competitivo, não comparativo entre alunos diferentes, não discriminador, com respeito às culturas e o sucesso escolar. Esta comunicação pretende confrontar essas alterações legais com as necessidades de três alunos com necessidades especiais, os quais demandam uma série de saberes e ações do professor de sala de aula, que passa a ser responsável pelo ensino desses alunos. Tais demandas parecem não ser alcançadas pela legislação, que apesar de avançada, não atende as necessidades de se trabalhar em perspectivas outras, para além do ensino da escrita e de conteúdos formais e homogeneizadores e normalizadores de corpos.
Palavras-chave: Institucionalização; Inclusão; Mudança Curricular
Nenhum comentário:
Postar um comentário