Educação especial e inclusiva: representações de professores sobre suas práticas no ensino de Língua Portuguesa
José Anchieta de Oliveira Bentes - UEPA - Pará
Pretendo nesta mesa discutir os princípios de uma educação inclusiva, verificando os papéis que o professor de Língua Portuguesa passa a exercer a partir desses princípios. No caso, destaco o apoio que deve ocorrer de um profissional da educação especial, na forma de um professor colaborador, no caso de deficiências múltiplas, surdocegueira ou deficiência intelectual, ou o apoio de intérpretes de língua de sinais, no caso de alunos surdos frequentarem a sala de aula, além da necessidade do professor ser bilíngue. Em todo o caso, com a inclusão os professores de Língua Portuguesa e das demais disciplinas precisam estar preparados para atuar com todas as deficiências. Após a discussão dos princípios, apresento algumas representações de professores de dirigentes sobre como a inclusão e sobre o que devem trabalhar em sala de aula. As representações ainda fazem classificações normativas dos alunos a partir da dicotomização entre exclusão e inclusão, menosprezando as pessoas em função das características que apresentam; uma segunda representação é que a inclusão se resume ao direito das pessoas deficientes de frequentar a escola regular e uma terceira é que o ensino dos alunos deficientes deve partir de unidades mínimas da língua, a letra, a sílaba. A seguir, apresento constatações sobre a fala, a escrita, a visão e a leitura de cinco alunos, propondo a perspectiva de trabalhar com o multiletramento para ultrapassar as representações apresentadas pelos professores pesquisados.
Palavras-chave: Educação inclusiva. Representações sociais de professores. Multiletramento.
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