10/09/2012

Reportagem UEPA

Reportagem UEPA
http://www.uepa.br/portal/ascom/ler_detalhe.php?id_noticia=1861545
notícias - 10.09.2012

Pesquisadores e professores debatem práticas de ensino

O I Seminário “Linguagens, Tecnologias e Práticas Docentes” , organizado pelo Grupo de Estudos Linguísticos e Práticas Educacionais da Amazônia (GELPEA), da Universidade do Estado do Pará (Uepa), acontece nos dias 10 e 11 de setembro no auditório do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), no campus do Telégrafo.
Conhecer melhor a realidade das salas de aula, para que juntos – Universidade e professores da rede pública de ensino – possam traçar estratégias para melhorar a dinâmica de ensino no Pará. Estes são os desafios que estão em discussão no I Seminário “Linguagens, Tecnologias e Práticas Docentes”, que o Grupo de Estudos Linguísticos e Práticas Educacionais da Amazônia (GELPEA), da Universidade do Estado do Pará (Uepa), realiza hoje e amanhã no auditório do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), no campus do Telégrafo.
“Apesar de alguns avanços, ainda existe hoje um fosso entre o que se discute na academia com o que está efetivamente acontecendo nas salas de aula. A nossa prioridade é discutir a pratica docente e a partir dela desenvolver a linguagem e as novas tecnologias”, afirmou uma das coordenadoras do evento, Patrícia Almeida, lembrando que historicamente sempre se atribuiu a fatores externos, a responsabilidade por este processo. ”Antes era a escola, depois a família, mas o foco também deve ser as metodologias empregadas em sala de aula”, afirmou.
Para afinar mais este discurso, os pesquisadores do Gelpea em parceria com professores da educação básica estão traçando um diagnóstico das metodologias empregadas nas escolas do Pará, compartilhando experiências desenvolvidas na universidade e nas salas de aula, para desenvolver novos projetos de desenvolvimento.
Na avaliação do professor José Anchieta Bentes, um dos coordenadores do Gelpea, o caminho para uma melhor absorção do conteúdo repassado em sala de aula também passa pela contextualização da linguagem à realidade dos estudantes.
“É importante adaptar a linguagem, fazer esta contextualização a partir de diferentes gêneros de textos, trabalhar não apenas a letra, mas também a linguagem visual, enfim, ajudar o aluno a realmente compreender o texto que está sendo apresentado” afirmou.
Ele explica que boa parte dos 68 trabalhos inscritos no seminário faz referência a diferentes formas de se fazer esta abordagem em sala de aula. ”A gente já percebe uma transformação nas escolas da educação básica”, afirmou.
Um trabalho que pode ganhar um novo fôlego a partir do conhecimento que já está sendo produzido nas universidades. “A nossa proposta é fazer esta ponte entre os dois eixos”, defendeu.
Um dos destaques do primeiro dia do Seminário de Linguagens, Tecnologias e Práticas Docentes, foi a palestra do professor do Departamento de Metodologia de Ensino e Educação Comparada (EDM) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Sandoval Gomes-Santos, doutor em linguística. Ele veio falar um pouco sobre os dispositivos didáticos e tecnológicos no trabalho docente.
Pela parte da tarde foram realizadas ainda rodas de conversa com apresentação de comunicações nos seguintes temas: Letramento, tecnologias e Educação Inclusiva; literatura, Identidade e Estudos Culturais; e a didatização de gêneros orais e escritos.
Amanhã, o seminário será retomado a partir das 8 horas com as rodas de conversa e pela parte da tarde será realizada a conferência de encerramento com o tema ‘Letramento Docente’, ministrado pelo professor da Uepa, Samuel Campos.

Nenhum comentário: