26/06/2011

Sessão de comunicações coordenadas no 18o. InPLA - 24/06

Aconteceu...
A sessão de comunicações coordenadas no 18o. InPLA, na PUC-SP.

Sexta-feira, 24 de junho de 2011, 18:40 - 20:40 Sessão Id 81 Sala 204


Texto e trabalho docente em práticas de alfabetização


Tema(s): Ensino de língua materna/Aquisição de primeira língua
Coordenador:Sandoval Nonato Gomes-Santos

(1) Sandoval Nonato Gomes-Santos (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
O texto na alfabetização: o oral, o escrito e o multissemiótico


(2) Patrícia Sousa Almeida (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Maria Bernadete de Lima (SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ)
Trabalho docente e alfabetização: o papel das demandas.

11/06/2011

Reunião do Gelpea


Dia: 11 de junho de 2011
Local: Escola Astério de Campos
Presentes: Rosangela Nogueira, Ariane Carvalho, Rosana, Sueli Pinheiro, Patrícia Almeida, Dorcas Brelaz, Osana Barbosa, Anchieta Bentes, Aline Araújo, Débora Nascimento, Bernadete Lima, Rita Bentes.


Pauta:
1) Apresentação de “Trabalho docente e alfabetização: a questão das demandas” por Patrícia Almeida e Bernadete Lima.
2) Apresentação de “O trabalho docente, de Bernard Schneuwly” por Rita Bentes.


Trabalho docente e alfabetização: a questão das demandas de Patrícia Almeida e Bernadete Lima
O trabalho será apresentado no dia 24 de junho no INPLA, em São Paulo. Fruto da pesquisa de Mestrado de Patrícia Almeida, em 2008, com alunos da primeira série do ensino fundamental. Tais alunos se apropriaram em um grau bom da escrita, despertando a curiosidade da pesquisadora de como a professora conseguiu realizar esse feito.

As autoras apresentaram:

a) o objetivo - refletir sobre o modus operandi de uma docente e a constituição particular do currículo, em uma prática de alfabetização de uma escola pública municipal localizada na periferia de Belém.

b) o referencial teórico - baseou-se na teoria socioenunciativa de Bakhtin/Volochinov e os estudos do currículo de M. Apple e Tomas Tadeu da Silva.

O currículo é construído dialeticamente, abrangendo saberes e a cultura local e global.

A primeira demanda se constituiu a partir da situação de que alunos se sentiam humilhados pelos demais colegas devido a situação de terem pais com profissões consideradas desprestigiadas – peixeiros, por exemplo. Tal humilhação ocorria por meio de chacotas em sala de aula. A demanda emergida, então, foi a narrativa autobiográfica. A narrativa se tornou a demanda, mas para que ela ocorra o professor deve permitir que isso ocorra.

A professora em outra atividade relacionada levou os alunos para uma área fora da sala de aula para brincar de peteca – prática referida com de cultura local – para depois trabalhar geometria em sala de aula. Nessa atividade emergiram conteúdos atitudinais, uma vez que nessa atividade, somente um aluno tinha petecas e se intitulou “coordenador” do jogo.
É no diálogo, no dizer do que gosta e do que não gosta, que ocorrem as demandas para a sala de aula. É nesse contexto menos planejado que surgem as demandas.
E por que essas demandas geralmente não incorporadas na sala de aula?
O pressuposto é que a bagagem cultural dos alunos devem ser respeitados e agregados ao currículo. Para que isso ocorra deve ocorrer a flexibilidade. O professor deve fazer opções – e essas opções podem estar em conflito com as posições de coordenadores, que dizem o que deve ser feito, como o aluno deve ser avaliado.
Essas escolhas influenciam na vida dos alunos. No contato diário, vai se decidindo o que é mais importante na vida dos alunos.
A seguir, foi discutido a não linearidade da sala de aula, do livro didático.
Nas considerações finais foi dito sobre a sedimentação da prática docente da professora pesquisada, que utiliza elementos ortográficos, gramaticais e discursivos. Os dois últimos são mais flexíveis que o primeiro.
O estilo da professora é o internamente persuasivo, no sentido bakhtiniano de dar espaço para a palavra alheia.
Ocorreu a participação da cultura local, exemplificado na ação de uma aluna que disse para professora que seu pai trabalhava “lá em cima”, significando “na feira”. A professora, no caso, respeito a fala da aluna.
Tais atitudes, de contestar a exploração do trabalho do professor, de demonstrar a consciência no que está fazendo contribuem para a reversibilidade do processo de proletarização do trabalho do professor.
A professora tem consciência que deve ensinar a ler e a escrever, e que isso sirva para que os alunos possam melhorar suas condições de vida.


A segunda apresentação foi do texto “O trabalho docente, de Bernard Schneuwly” por Rita Bentes.
Alguns trechos de sua apresentação:
“O trabalho é em princípio um ato que se passa entre o homem e a natureza”.
Três elementos compõem o processo do trabalho:
“1. A atividade pessoal do homem ou trabalho propriamente dito;
2. O objeto sobre o qual o trabalho age;
3. O meio pelo qual ele age” (p. 137).
Questionamentos: Quais os meios deste trabalho? Quais propriedades destes meios permitem agir sobre o objeto do trabalho? Quais são os objetos sobre os quais trabalha o professor? Quais são as finalidades deste trabalho?
Elementos de resposta a estas questões: O objeto do trabalho docente são os processos psíquicos dos alunos; ou seja, aquilo sobre o que o professor trabalha são os modos de pensar, de falar e de agir, que ele deve transformar em função das finalidades definidas pelo sistema escolar.
Para responder a estas questões, a teoria vigotskiana do desenvolvimento e da construção dos sistemas psíquicos pelas ferramentas ou instrumentos psicológicos, inspirada diretamente na teoria marxista do trabalho, aponta um horizonte:
“Os instrumentos psicológicos são elaborações artificiais, são sociais por natureza, e não orgânicos e individuais, são destinados ao controle dos processos do comportamento próprio e dos outros (...)” (Vigotski, 1930-1985, p. 38).
O professor, como trabalhador, é um agente de transformações visando a produzir, com o auxílio de instrumentos semióticos, uma série particularmente complexa de funções psíquicas como a escrita e a leitura, atividades linguageiras altamente desenvolvidas; ou como os modos de pensar disciplinares manifestos, por exemplo, nos conceitos científicos.


Próxima reunião 6 de agosto de 2011, sábado. Horário 9 horas. Local: escola Astério de Campos

10/06/2011

Convite para reunião do Gelpea

Convidamos a tod@ para a próxima reunião do GELPEA

Dia: 11 de junho de 2011
Hora: 15 horas
Local: Escola Astério de Campos


Pauta:
Apresentações de textos
Informes

03/06/2011

II Colóquio de Ensino, Pesquisa e Extensão em Língua e Literatura do DLLT

Local: Auditório do CCSE (biblioteca central)
Dias:  16 e 17/06/2011
O II Colóquio tem como objetivo oportunizar um espaço de reflexão e debate sobre a produção do conhecimento no campo da língua e da literatura. Pretende-se com este evento dar visibilidade aos projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão desenvolvidos pelos docentes da UEPA vinculados ao DLLT e de outras IES, como forma de valorização profissional, reconhecimento de mérito e socialização do conhecimento.
A participação do GELPEA será com os seguintes trabalhos:
Dia 16/06 (quinta-feira) -  10:00h às 12:00h  - Comunicação oral:
Didatização de gêneros discursivos no ensino básico: desafios e avanços no ensino de português para turmas numerosas. (pesquisa) Profa. Ms. do DLLT Débora Cristina do Nascimento Ferreira.

DIA 17/05 (sexta-feiraa) - 10:00h às 12:00h - Comunicação oral - Coordenação: Profa. Sueli Pinheiro (DLLT)
Práticas de linguagem: recepção e produção de textos em HáQuê: Profa. Ms. do DLLT Rita Bentes, Profa. Esp. Dorcas Brelaz (SEDUC) e Ozana Oliveira (UFPA).